Como Montar sua Bike - part 2

speedGrupos de Câmbio e Freio
Se o quadro é a estrutura da bike que deve lhe vestir com conforto, o sistema de câmbio e freio poderia ser considerado o coração da sua bicicleta. É com ele que você vai ritmar suas saídas ao mundo sobre duas rodas. As opções são muitas, e só pela variação de preço entre os vários modelos já se pode afirmar que você terá muito que pensar e ponderar para escolher. Há sempre aquela máxima de que quanto mais caro melhor, mas isso só cabe pra quem tem dinheiro sobrando e não quer esquentar a cabeça. Se este é seu caso, pode parar de ler aqui e ir a uma loja e pedir um Deori XTR ou um SRAM x.10 que tá resolvido. Mas prepare-se para gastar por volta de dois mil reais só neste item. Cada sistema é projetado para um tipo de uso, mais uma vez, você precisa saber até onde quer ir com sua magrela antes de decidir que sistema escolher.

Se bem que esse item, como coloquei, é composto de um monte de pequenas pecinhas que fazem suas pernas renderem mais que o dobro numa subida e seus dedos muito mais poderosos na freada ao fim de uma serra maravilhosa. A principal preocupação na hora de escolher um grupo é a segurança. Não só pela qualidade dos freios, mas segurança também vem da resistência dos cubos para que você não fique com a roda bamba no meio de uma viagem.

Pedivela

 Há duas coisas sobre este componente onde você vai depositar todas suas energias para rodar o mundo: tamanho das coroas e tamanho da alavanca. Quanto maior a haste e menor as coroas, mais rendimento de força você terá. O contrario te dará mais velocidade e mais músculos nas pernas. Uma outra coisa que você poderá levar em consideração é o peso de todo sistema. Hoje em dia, há pé de vela com o movimento central integrado e todo oco para aliviar o peso.

Movimento Central

 É um rolamento onde o pé de vela é colocado e em torno do qual você irá girar suas pernas. O importante desse item é você observar o diâmetro certo no seu quadro e buscar um que seja selado, pois esta parte da bike sempre esta cheia de areia e água.
A colocação deste carinha é também bem delicada, as roscas são muito precisas para que o movimento circular do pedalar não o solte. Qualquer folga ali faz aparecer um barulho que deixa você e amigos que estão pedalando ao seu lado de saco cheio com meia hora de pedal.

Catraca

 Ela é responsável pelas relações das sete, oito ou nove marchas intermediárias de cada opção das coroas da frente. Uma bike com 24 marchas, nada mais é que oito opções para cada uma das três coroas da frente. Mas aqui vale uma observação de que nem sempre quanto mais marchas, mas leve é pedalar. O que define a relação de força é o raio da coroa da frente com o raio da traseira. Essa relação também é expressa em números de dentes das coroas. Quanto menor o raio no pé de vela e menos dentes, e maior o raio traseiro, com mais dentes é mais leve a bike. Existem catracas com uma coroas super-wide só para aquela subidas malucas que a gente inventa fazer carregado com 20 quilos no alforje.

Cambio Dianteiro

 Esta parte é composta de uma braçadeira uma mola e uma guia que faz a corrente mudar de coroa no pé de vela. Apesar de uma aparência simples, a precisão de um bom sistema pode fazer a diferença na hora de engatar uma marcha mais leve no começo de uma subida, ou até desregular menos em condições extremas de chuva e lama.

Esta é uma regra geral para o aumento de preço dos modelos: precisão em condições adversas. Situação comum em competições de MTB. Se você não pretende entrar nessa seara, já pode economizar um pouco.

Câmbio Traseiro

 Este sim é bem mais complexo que seu primo que vai o meio da bike. Ele é responsável por levar a corrente precisamente de uma coroa para outra na catraca. E é ai que um câmbio bom e bem regulado ajuda no conforto de seu passeio. Câmbios de plástico tendem a desregularem com muita facilidade e sob sujeira de areia de uma praia ou lama te deixa doido querendo trocar marcha sozinho enquanto você esta se desmanchando para subir uma ladeira.

Se você for só pedalar no parque perto de casa em dias de sol, um câmbio simples resolve muito bem suas necessidades. Agora, se você já pensa em pegar uma trilha de terra em passeios de um dia, um que já tenha os componentes de aço ou alumínio é o mais indicado. E observe que os câmbios médios, tipo Alívio e X.5, não são tão caros pelo conforto que proporcionam. Agora se você é fã de relógios suíços e gosta de ver sua bike trocar as marchas com a mesma precisão, pode botar a mão no bolso e partir para a turma dos mil reais.

Comandos

 Sobre os comandos de cambio podemos destacar que eles são de dois sistemas, rapid-fire e ..... Agora já há uma variação que agrupa o freio com a toca de marchas no mesmo local. Para trás freia, para baixo e pra cima troca as marchas. Então aqui vai mais de gosto do biker escolher o sistema que mais lhe agrada. A facilidade de manutenção também deve ser levada em conta para quem quer sair em viagens.

Cubos

 Hoje existe a venda dois sistemas de cubos: rolamento e esferas. Os sistemas de rolamentos, por serem blindados, dão a impressão de serem mais resistentes. Mas junto com essa resistência vem o peso. Por outro lado, os fabricantes dos outros modelos conseguiram avançar muito a ponto de aliarem leveza e resistência sem deixar nada a desejar. E ainda, esse tipo de construção permite a troca parcial do sistema, o que faz dobrar a vida útil com um pequeno gasto após dois ou três mil quilometro rodados.

Os cubos que integram as bikes vendidas em mercados agüentam no máximo mil quilômetros, isso sem muito tranco. Portanto, projete sua quilometragem anual e você saberá o que comprar.

Freios

 Aqui esta uma das mais acaloradas discussões dos últimos tempos em passeios de bikers: Disco ou V-break. Ainda existe um sistema mais simples, mas nem vamos abordar aqui, pois o preço de um v-break simples é ridículo frente a segurança que ele oferece. Hoje, se você quer segurança e praticidade tem que ser de v-break pra cima.

Antes de discutir se vale a pena colocar um freio a disco. Devemos dizer que dentro do sistema V temos vários modelos com sofisticações que fazem muitos ainda resistirem em trocar para disco. Um exemplo é o Deori XT que tem todo um aparato de balanços para fazer a sapata de borracha encostar precisamente paralela ao aro. Isso torna a frenagem macia e segura. Outros V podem pegar em ângulos diferentes e aí exigem mais força ou sensibilidade dos seus dedos para trazer maciês e precisão na hora H.

Os freios a disco chegaram para ficar, pois mesmo sob barro intenso resolvem bem o problema. São mais precisos e macios que os outros, mas alguns ciclistas dizem que para se ter o melhor de um freio a disco tem que ser o hidráulico.

Eles são fornecidos com o acionamento a cabo ou a óleo. Por via hidráulica o freio funciona bem melhor, mas o galho é que caninos de óleo passando por um quadro de bike que passar por entre rochas de uma trilha sempre podem se encontrar de forma inesperada, e aí, vai-se o seu super sistema de freio. Então mais uma vez, observar o que você pretende fazer com sua bike e o quanto longe você pretende ir de uma oficina de bike pode fazer diferença. É pensando justamente nisso que cicloturistas preferem cabos. Eles são facilmente carregados com sua câmara extra e você mesmo pode trocar caso algo de errado no meio da Chapada Diamantina. E convenhamos, para quem pretende pedalar a uma média de 13 km/h. Um freio simples já resolve o problema.

 Corrente

 A corrente parece tudo igual, mas para cada modelo de grupos, uma corrente é indicada. Basicamente o que difere é a resistência. A corrente é forçada não só no sentido da tração, mas lateralmente também. Quando você usa as marchas das pontas na catraca a corrente pode ficar em diagonal. Todo este esforço desgasta. Uma corrente bem usada sai da bike mais extensa do que quando entrou. Portanto uma corrente certa é fundamental. Outro detalhe, as correntes vêm geralmente maiores do que necessária. Isto, porque há diferenças do tamanho das coroas. Para colocá-la, você talvez tenha que tirar alguns gomos.

 Fonte: ondepedalar.com

     HEDYNHO  TOPO