Dicas de Manutenção

 manutençãoCuidados após a chuva

Após pedalar na chuva é comum a corrente da bicicleta ficar com alguns pontos de ferrugem e algumas partes estralando, como pedivela e canote de selim. Para evitar probleminhas assim, sempre que for sair pra pedalar, mesmo com chuva, o ideal é lubrificar a corrente com óleo especial para condições extremas (chuva, lama); e sempre logo após pedalar com chuva, retire o canote de selim da bicicleta e vire-a de cabeça para baixo. Isso faz com que parte da água que penetra pelo canote de selim escorra, sem causar danos ao movimento central, pois mesmo os movimentos selados, se trabalharem “submersos” podem danificar os rolamentos.

Após isso, passe um pano na inserção do canote no quadro e no quadro, para evitar sujeiras e o tal “tec tec”. Sempre que pedalar na chuva, enxague a corrente da bike para remover grãos de areia e sujeira e lubrifique-a novamente. Para bicicletas com suspensão traseira, o ideal é lubrificar os links do quadro também para evitar esses barulhos. Em alguns casos, bicicletas montadas com pedivela de encaixe tradicional (ponta quadrada) pode ocorrer de entrar água com poeira entre o pedivela e a ponta do eixo e isso começar a estalar, principalmente em subidas. Neste caso é recomendável sacar o pedivela, limpar e engraxar novamente.

Observe sempre a lubrificação da corrente, calibragem dos pneus e mantenha a bike revisada.

É comum estar pedalando e ver alguém com a bicicleta estralando. Muitas vezes as nossas também estão assim.

Para um funcionamento correto das marchas de nossas bikes, é necessário que as polias do câmbio traseiro estejam alinhadas com o pinhão (o conjunto de pinhões compõe o cassete ou catraca) mantendo a corrente centrada. Caso não esteja, ela atrasa na mudança de marcha, ou pra subir ou pra descer. Se atrasar para subir, é necessário “puxar” um pouco o cabo (no regulador do manete ou cambio traseiro), se atrasar na descida (mais perigoso) tem que “soltar” o cabo de cambio. Isso para cambios convencionais, há alguns que trabalham invertidos.

As vezes tentamos regular e não dá jeito. Pode ser um sinal de desgaste do câmbio, cria folgas não permanecendo firme; gancheira torta, mantém as polias inclinadas; ou sujeira pelos conduítes e cabos, dificultando a movimentação dos cabos.

Já o câmbio dianteiro, é mais simples de regular quando está na coroa do meio, pois dificilmente você conseguirá usar essa coroa com a primeira ou a ultima atras. A corrente raspará no cambio. Por questão de gosto, na minha bicicleta regulo o cambio dianteiro de modo que permita utilizar a mais leve atras, sendo que quando preciso das mais pesadas (as duas ultimas) faço a mudança pra terceira coroa na frente. O cambio dianteiro deve permitir a mudança pra coroa pequena e grande sem atrasos ou queda de corrente.

Um detalhe importante é sobre os momentos de mudança de marcha. Evite trocar de marcha quando estiver fazendo força em subidas, isso atrasa a mudança e põe em risco a vida útil dos componentes da trasmissão. O ideal é tentar dar uma aliviada no pedal ou pedalar um pouco em pé pra acelerar a bike. Haverá momentos em que a mudança será feita mesmo fazendo força, aí pode demorar a mudar ou forçar tudo.

Os cambios da marca SRAM atuam no sistema de 1:1, ou seja a cada milimetro de cabo liberado, é um milimetro de curso do cambio. Isso aumenta a velocidade de resposta do cambio e diminui a necessidade de regulagens. Já a marca Shimano atua no modo 2:1, sendo que o mínimo de cabo liberado dobrará o efeito no cambio. Hoje com os cambios no sistema Shadow, o funcionamento dos Shimano estão muito próximos do SRAM, proporcionando alegria aos que desanimaram com a marca no passado.

 Esse “trabalho” que os cambios Shimano fazem permite que o cambio se desregule com mais facilidade além de aumentar o desgaste nos pivôs. Hoje os Shadow da Shimano já não fazem esse movimento, trazendo maior durabilidade e confiança ao sistema.

Bom, se sair para pedalar e notar sua corrente fazendo “tec tec tec” é sinal de que o cambio pode estar desregulado. Atenção também para o desgaste das peças,

Abraço a todos e bons pedais, sem problemas.

Pneus Furados

Comece tirando um lado do pneu com auxilio de 2 espátulas (plásticas não danificam o aro) pela parte oposta à valvula. As espátulas possuem uma extremidade com um pequeno corte, que serve para travá-la aos raios enquanto se manuseia a outra. Após um lado do pneu fora, remova a camara (dica: sem tirar a válvula do aro, encha e procure o furo, depois veja na mesma posição do pneu para achar o que causou o furo). Remova o indesejado, coloque uma camara nova ou remende a sua.

Montagem do Pneu:

após todo o pneu revisado, comece a montagem dele pelo local da válvula com a camara um pouco cheia. Geralmente, quando está no finalzinho, a camara fica pra fora, dificultando a montagem. Para evitar isso, tente encaixá-la dentro do pneu e aro. No finalzinho, fica mais dificil de encaixar, então comece a empurrar o pneu desde a válvula, com as duas mãos pelos dois lados até encaixar. Caso continue a não ir, recorra as espátulas, mas com muito cuidado pois elas podem pressionar a camara furando novamente.

Calibrando o Pneu:

muitas vezes na hora de encher, devido a montagem a camara pode sair e estouar, por isso vá observando as saliencias pra evitar. Encha até um nível que não fica muito duro.

Improvisos:

Como ocorrio na terça, as vezes o pneu pode rasgar ou você estar sem camara reserva, nessas horas, tente fazer um manchão ou rechear o pneu com mato. O manchão pode ser feito com qualquer material resistente e maleável como cartões telefonicos e garrafas PET. Coloque entre a camara e o pneu. Quando estiver sem camara reserva e sem remendos, recheie o pneu com mato e outras coisas parecidas, pra poder serguir rodando sem danificar o aro e pneu.

Um detalhe que poucos observam mas pode deixar você no meio da trilha. O desgaste da corrente, quando não observado a tempo, danifica seu cassete, deixando as pontas dos dentes (quando novas quadradinhas) pontiagudas, e ao longo do tempo começa a gastar as coroas do pedivela (os dentes ficam “inclinados”). Se trocada no momento certo, você aumenta vida útil de seu cassete e preserva as coroas. Em média a corrente dura, quando mantida limpa e lubrificada, 1500km (isso em Floripa). Em nossa oficina há uma ferramenta especial para medir esse desgaste e apontar o momento da troca. Quando você ultrapassa esse momento, começa a gastar um pouco mais o cassete, o que acarreta em barulho e escapadas da corrente. Neste ponto, o ideal é trocar as duas peças. Observe sua corrente sempre antes de pedalar, se notar excesso de areia procure lavar e lubrificar o quanto antes, caso contrário o risco de quebra é aumenta. Muito cuidado com a lubrificação, utilize apenas óleo específico e sem excessos, pois respinga ao pedalar podendo atingir os freios.

Bons pedais!

Fonte: dellabikes.com.br

 

     HEDYNHO TOPO